SEJA BEM-VINDO

Para eliminar qualquer dúvida que pudesse surgir no futuro, Kardec interrogou os Espíritos que o assessoravam, sobre nossa Evolução Moral. Veja:

780. O progresso moral acompanha sempre o progresso intelectual?

“Decorre deste, mas nem sempre o segue imediatamente.”

Portanto, não se entregue a sofismas, ou você estuda e amplia seu conhecimento ou fica estacionado a vegetar, você decide.

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Os Graves Obstáculos de nossa Educação Espiritual

Este modesto trabalho tem por objetivo, despertar o discernimento das pessoas, esclarecendo-as sobre os graves obstáculos que todos nós, remanes-centes da ancestral Cultura Ariana, encontramos no caminho de nossa educação espiritual.

Em nossa cultura ancestral, simplesmente não existem elementos do espiritualismo, portanto, não encontramos em nossos arquivos psíquicos, con-teúdos que possam apoiar raciocínios espiritualistas.

A Cultura Ariana; desenvolvida em torno do culto aos antepassados, tendo o “Pater” como detentor de poderes indiscutíveis, entre os quais, o poder de usar os bens particulares de qualquer indivíduo da família, inclusive o poder sobre a vida e a morte de todos que se encontram submissos à sua autoridade.

O “Pater” era o chefe militar, o juiz e o sacerdote de sua “família” ou de sua “Gens”, a comunidade que descendia de um ancestral comum a todos.

A autoridade do “Pater” era, portanto, indiscutível; justamente por este motivo, hoje, ainda aceitamos autoridades relapsas a nos governarem, aceitamos autoridades que cometem todos os desatinos que podemos constatar diariamente, sem que haja uma reação para a restauração da ordem.

O culto aos antepassados é que impõe, tambem, o hábito de acender velas diante de um morto ou quando se faz uma visita ao cemitério para se recordar de um parente ou amigo, morto; ou ainda, quando se deseja enviar um pedido a Deus ou a um Santo.

Estas são algumas das ideias que encontramos enraizadas em nosso psiquismo, e nossa mente, por agir livremente, colocam estas ideias ancestrais em uma evidência que atrapalham nosso discernimento. Mais abaixo você encontrará mais detalhes em uma obra: A Cidade Antiga, que nos fornece muitas informações sobre nossa cultura ancestral.

Fustel de Coulanges, o autor, não deixou elementos para se crer que fosse espiritualista, no entanto, como consequência de suas observações, ao falar sobre a dificuldade de se compreender essa cultura, que deixou poucos elementos escritos, na introdução desta obra, ele escreveu:

Felizmente, o passado nunca morre totalmente para o homem. O homem pode esquecê-lo, mas continua sempre a guardá-lo em seu interior, pois o seu estado, tal como se apresenta em cada época, é o produto e o resumo de todas as suas épocas anteriores. E se cada homem auscultar a sua própria alma, nela poderá encontrar e distinguir as diferentes épocas, e o que cada uma dessas épocas lhe legou.

Cidade Antiga, Fustel De Coulanges, Edit. Hemus, página 9

As palavras de Fustel de Coulanges nos mostram uma convicção, que resulta da observação dos hábitos encontrados, e enraizados em toda a sociedade de origem ariana, e nos deixam claro que o passado está vivo em nossa mente, e esse passado é um dos graves obstáculos karmicos que carregamos, e somente nos libertaremos deste obstáculo com o uso do estudo e do discernimento.

Temos, ainda, mais alguns obstáculos poderosos, tão poderosos que imo-bilizaram o Evangelho logo no início de sua introdução no mudo ariano e hoje imobilizam a Doutrina Espírita.

Estude, não siga ninguém, não aceite nenhuma ideia que não tenha sido objeto de análise pelo seu discernimento, somente assim se pode vencer estes obstáculos.

Pedro Pereira da Silva Neto

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A Filosofia

A palavra Filosofia tem fascinado os estudiosos, no decorrer dos séculos; todavia, somente raras pessoas conseguem, realmente, compreender o que se esconde por detrás desta palavra.

Esta palavra surge na primeira tentativa registrada na História, na qual os Espíritos Superiores, através de Pitágoras, pretenderam introduzir o conheci-mento espiritualista na cultura ariana; e fracassaram.

Pitágoras criou Escolas, em várias cidades, nas quais se ensinavam as ideias que nos foram, agora, trazidas pela Doutrina Espírita. Ele ensinava a reen-carnação, a Lei de Ação e Reação etc..

A antiga tradição diz que, certa vez, ao ser denominado "Sábio", Pitágoras reagiu e disse ser apenas um Filósofo, um homem que ama a Sabedoria.

Devemos, aqui, recordar que, na mesma época em que viveu Pitágoras, em várias regiões do planeta houve uma reorganização das ideias de ordem espiritual; na Índia tivemos a vinda de Siddharta Gautama, o Buda; na China tivemos a vinda de Lao Tzu e de Kung Fu Tzu, este, mais conhecido por Confúcio; e sem nos esquecermos de Zoroastro ou Zaratustra, na Pércia.

Para compreendermos a palavra "Filosofia" temos de compreender como os gregos se refiam ao que denominamos: "amor". A nossa atual palavra amor, para os gregos, não existia, nós fundimos na palavra amor, três significados diferentes.

Eles usavam a palavra Filo, como um prefixo, para designar o que se ama pela utilidade ou pelo benefício que pode oferecer.

Usavam a palavra Eros para se referirem ao amor em que haja um componente sexual.

Eles usavam, ainda, a palavra Ágape para se referirem ao Amor puro e simples, no qual não há o envolvimento de desejos sexuais ou de qualquer tipo de benefício; depois, esta forma de amor ficou conhecida como amor platônico.

É a este significado de amor, que o Mestre Jesus se refere em seu Evangelho quando disse: Ame o próximo como a si mesmo.

Agora compreendemos que a palavra Filosofia, se refere ao amor que o Filósofo desenvolve em razão dos benefícios pessoais, produzidos pela sabedoria conquistada. 

 Filosofia  é, então, o sentimento do Filósofo pelo benefício produzido pela "Sabedoria"; sendo, portanto, um equívoco, acreditar que a ação do Filósofo seja a produção de elucubrações mentais, que são sempre inúteis.

A produção de elucubrações mentais é trabalho dos "Sofistas" e não dos Filósofos.

Aproximadamente seis séculos depois de Pitágoras, tivemos nova grande tentativa, de introdução de ideias espiritualistas no mundo ariano, desta feita com a participação do Mestre Jesus.

Com o Evangelho foi conseguido um grande avanço nas ideias, o Culto aos Antepassados deixou de ser crença oficial, e foi substituído pelo sincretismo resultante deste Culto, com as ideias trazidas pelo Evangelho.

Os diversos deuses foram substituídos por um Deus Único, e os heróis e semideuses foram substituídos pelos Santos criados pela Igreja.

Esta substituição representou grande avanço intelectual e nova diretriz espiritual foi estabelecida.

Infelizmente, esta foi a única conquista relevante do Evangelho; em tudo o mais, ele também fracassou; a Igreja Católica Romana, guardiã do Evangelho, que avocou a si mesma o direito de única representante do Mestre Jesus, conseguiu apenas, tornar-se a maior, e mais desprezível organização criminosa, da História da Humanidade.

A marcha do progresso começou a sofrer uma aceleração a partir da cisão da Igreja nefasta, que sempre trabalhou pela estagnação das ideias, e com esta estagnação sempre manteve seu domínio sobre os incautos e submissos.

A marcha do progresso é uma determinação Divina, portanto, imposta por Deus. Quando Kardec inqueriu os Espíritos que o assessoravam na produção de O Livro dos Espíritos, a respeito do progresso, ele perguntou:

783 — Segue sempre marcha progressiva e lenta o aperfei-çoamento da Humanidade?

E recebeu como resposta:

“Há o progresso regular e lento, que resulta da força das coisas. Quando, porém, um povo não progride tão depressa quanto devera, Deus o sujeita, de tempos a tempos, a um abalo físico ou moral que o transforma.”

Como podemos ver, a marcha do progresso não depende do desejo dos homens, e podemos observar em nossa própria sociedade, a demonstração prática da resposta fornecida pelos Espíritos; vivemos em um caos.

Os Espíritos, responsáveis pelos processos evolutivos dos arianos, compreendiam que, com o progresso imposto, a nefasta Igreja iria perder sua hegemonia, e essa perda seria acompanhada da perda da capacidade de fornecer uma diretriz espiritual à população, portanto, tornou-se urgente uma nova tentativa de introduzir as ideias espiritualistas no patrimônio intelectual deste povo rebelde, tivemos, portanto, a Doutrina Espírita como uma reapresentação das ideias da Filosofia.

Infelizmente, os arianos carregam terríveis bloqueios karmicos que os impedem de compreenderem as ideias espiritualistas, e novo vergonhoso fracasso foi registrado.

Como aconteceu com a Igreja; no início de seus trabalhos, os políticos dominaram o Movimento Espírita e destruíram o desejo de conhecimentos e de conquista da sabedoria.

Você está convidado a compreender o que é Filosofia, de acordo com a compreensão de Sócrates, é ele que irá explicar o que é: Filosofia.

Você vai compreender o que os Doutores em Filosofia não conseguem compreender, e não estou me referindo apenas aos Doutores brasileiros, mas sim, aos europeus, como os alemães, ingleses e franceses, além dos americanos.

Estude, não siga ninguém, não aceite nenhuma ideia que não tenha sido objeto de análise pelo seu discernimento, somente assim se pode vencer estes obstáculos.

Seja Bem-vindo ao estudo.

Pedro Pereira da Silva Neto

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Vou sugerir a você o estudo de quatro livros, que contém informações fundamentais para ampliar suas possibilidades de discernimento, neste assunto; caso já existam em sua biblioteca, é só estudar, caso contrário, você pode baixá-los gratuitamente, em PDF, das páginas cujos links serão fornecidos.

E também, o estudo de duas matérias da Revista, Reformador, de Outubro de 2006, que têm por título: Não Julgueis; de Juvanir Borges de Souza; esta matéria inicia-se na página 5; e também a matéria que tem por título: Campeonato da Insensatez; de Vianna de Carvalho e outros espíritos espíritas, psicografada por Divaldo Pereira Franco, na reunião mediúnica da noite de 17 de Julho de 2006, no Centro Espírita Caminho de Redenção, em Salvador, Bahia.

Você pode, também, baixar esta revista em PDF, assim como, outras matérias que vou disponibilizar.

Povos Primitivos e Manifestações Supranormais

O ariano, de modo generalizado, assim como os espíritas, ao lerem um trabalho como este; ficam admirados com o desenvolvimento das faculdades espirituais de povos primitivos; ficam maravilhados, mas, jamais imaginam a possibilidade de, eles mesmos conquistarem o desenvolvimento das mesmas faculdades que os empolgam.

O motivo que me leva a aconselhar o estudo desta obra, de Ernesto Bozzano, é levar o leitor à compreensão de que as faculdades espirituais que todos nós, podemos, e iremos desenvolver, mais cedo ou mais tarde, em nosso processo de conquistas espirituais, estão disponíveis a todos, sem distinção de raça, credo ou cor da pele, sendo que a escolha, de quando isso acontecerá, depende apenas de uma decisão pessoal.

Portanto, espero que você que está lendo este texto, tome a decisão de baixar o livro e estudá-lo, e não apenas ler os relatos para poder fazer palestras inúteis que não irão beneficiar ninguém.

Retirei um relato e coloquei aqui para que você possa compreender que todos nós estamos desenvolvendo estas faculdades, mas, não compreendemos aquilo que fazemos, e sempre acabamos por criar consequências Kármicas para serem reparadas no futuro.

Analise o resto do texto e suas convicções poderão ser melhoradas com as informações que estão disponíveis. Na versão em PDF, este relato inicia-se na página 242 e na versão de papel a página é 136, último parágrafo. Aproveito para informar a quem deseje adquirir uma versão em papel, que esta obra foi publicada pela Editora Jornalística Folha Espírita (FE). A minha versão em papel é desta editora. Vamos ao texto de Bozzano:

O etnólogo, doutor John P. Harrington do Smthsonian Institute (Estados Unidos), descreveu um dos mais estranhos espetáculos de luta que existem no mundo do esporte, pois que se trata duma luta na qual a arma adotada é o pensamento e na qual há vítimas por nocaute da mesma forma como as há nas lutas pugilísticas.

Ele escreve: "Os gladiadores são feiticeiros-médicos. Uma multidão enorme de espectadores, chegados de todas as aldeias vizinhas, assiste com enorme paixão ao espetáculo, prendendo a respiração e tremendo nas fases emocionantes da tensão psíquica.

Quando uma tribo decide derrotar uma competição semelhante, envia mensageiros às tribos vizinhas para indicar a data e convidar os assistentes. Nessas competições, os feiticeiros-médicos da tribo promotora da luta - no máximo cinco ou seis - aceitam como seus iguais, ou também como seus superiores, unicamente aqueles que tenham demonstrado uma habilidade especial na grande prova a superar. Dirigem-se, assim, aos feiticeiros-médicos visitantes, convidando-os a tentar vencê-la. Quando algum dentre eles sente-se pronto para aceitar o desafio, então, é traçada uma linha no centro do local do exercício e os feiticeiros-médicos da tribo promotora dispõem-se em fila ao lado da mesma. O que o lutador precisa cumprir, para ser proclamado igual ou superior aos promotores, consiste na simples empresa de atravessar a linha traçada.

O campeão designado retira-se para o terreno lamacento do bosque vizinho, desfaz-se das roupas que veste, enfeita-se com penas multicores, pronuncia palavras mágicas de encantamento e, em seguida, caminha resoluto, com passos majestosos, para a linha, no outro lado da qual se encontram os feiticeiros-médicos promotores, que têm por finalidade impedir, com a concentração do pensamento, que ele consiga atravessá-la. Enquanto ele se avizinha da linha, vê-se-lo encetar movimentos rápidos para o alto, como se com suas mãos apanhasse bolinhas num pulo. Ele está captando desse modo força espiritual, em virtude da qual espera sobrepujar o obstáculo formidável do pensamento coletivo e vencer.

Do outro lado da linha, também os feiticeiros da aldeia estão manipulando alguma coisa; mas nada se sabe a respeito porque trata-se dum segredo hermético.

À medida que o campeão do páreo avança, a multidão prende a respiração por causa da ansiedade com que segue a grande prova.

Ora, acontece bem freqüentemente que o campeão na liça, chegado na linha, seja tomado por uma crise de convulsões semelhantes à epilepsia. Desmaia no chão, torna a se levantar, torna a cair; refaz-se, cambaleando inseguro das pernas, mas finalmente consegue, com dificuldade, atravessar a linha.

Algumas vezes, pelo contrário, cai por terra, sem sentidos, nas condições dum coma, como se fosse golpeado por um formidável soco pugilístico.

Aconteceu algumas vezes, no passado, que aquele que caiu no chão, desfalecido, não se refez mais, ou então, morreu pouco depois.

Em tais eventos é-lhe tributado um faustoso funeral que faz parte integrante da festa celebrada para a grande prova da luta com o pensamento.

Pelo contrário, há lutadores que ultrapassam a linha sem dificuldade, e nesse caso, tributam-lhes honras pelo triunfo e são proclamados campeões absolutos. (Citado na Light, 1935, pág. 515).

Quem teria jamais imaginado que os índios peles-vermelhas da América chegassem a tais notabilíssimos conhecimentos empíricos em torno do poder do pensamento para chegarem a convocar uma competição para uma luta do gênero exposto! Tudo isso certamente não honra a nossa ciência psicológica, tão atrasada numa comparação dessas por ignorar totalmente o quanto os povos primitivos conhecem há séculos.

Como você pode ver; todos nós possuímos um poder desconhecido, que operamos sem consciência do que estamos fazendo, nós funcionamos de um modo totalmente inconsciente, e que sempre acaba resultando em problemas Kármicos, voltarei a esse assunto no fim da matéria.

Agora desejo chamar sua atenção para o último período do último parágrafo. Veja:

Tudo isso certamente não honra a nossa ciência psicológica, tão atrasada numa comparação dessas por ignorar totalmente o quanto os povos primitivos conhecem há séculos.

O próximo livro que aconselho a você, trata justamente ciência psicológica, e você verá que os pretensos pesquisadores acadêmicos são preconceituosos e abandonam o discernimento; um pesquisador deve buscar a verdade onde ela esteja e jamais se submeter a preconceitos.

No estudo do próximo livro, que você pode baixar em PDF, você irá constatar a irracionalidade que infelizmente ainda reina em grande parte das Universidades.

Caso você deseje enriquecer seu acervo de conhecimentos com a análise desta obra, basta clicar na imagem do livro e será encaminhado a uma página em que poderá fazer o download da obra. Seja bem-vindo ao estudo.

Agora eu o convido a analisar o poder psíquico usado em outro combate de forças mentais, agora o relato é de André Luiz, e está na obra: Nos domínios da Mediunidade.

Nos Domínios da Mediunidade, FEB —  André Luiz —  Francisco C. Xavier, pág. 91 e seguintes

Dominação telepática

Dispúnhamo-nos à despedida, quando simpática senhora desencarnada abeirou-se de nós, cumprimentando o Assistente com respeitosa afetividade.

Áulus incumbiu-se da apresentação.

— É a irmã Teonília, uma de nossas diligentes companheiras no trabalho assistencial.

A nova amiga correspondeu-nos às saudações com gentileza e explicou ao nosso orientador o objetivo que a trazia.

Contou, então, que Anésia, devotada companheira da instituição em que nos achávamos, sorvia o fel de dura prova.

Além das preocupações naturais com a educação das três filhinhas e com a assistência imprescindível à mãezinha doente, em vésperas de desen-carnação, sofria tremenda luta íntima, de vez que Jovino, o esposo, vivia agora sob a estranha fascinação de outra mulher. Esquecera-se, invigilante, das obrigações no santuário doméstico. Parecia, de todo, desinteressado da companheira e das filhas. Como que voltara às estroinices da primeira juventude, qual se nunca houvesse abraçado a missão de pai.

Dia e noite, deixava-se dominar pelos pensamentos da nova mulher que o enlaçara na armadilha de mentirosos encantos.

Em casa, nas atividades da profissão ou na via pública, era ela, sempre ela a senhorear-lhe a mente desprevenida. Transformara-se o mísero num obsidiado autêntico, sob constante atuação da criatura que lhe anestesiava o senso de responsabilidade para consigo mesmo. Não poderia Áulus interferir? Não seria justo afastar semelhante influência, como se extirpa uma chaga com o socorro operatório? O Assistente ouviu-a com calma e falou, conciso:

— Conheço Anésia e nela estimo admirável irmã. Há meses, não disponho de oportunidade para visitá-la como venho desejando. Decerto, não me negarei ao concurso fraterno, entretanto, não será conveniente estabelecer medidas drásticas sem uma auscultação do caso em si. Sabemos que a obsessão entre desencarnados ou encarnados, sob qualquer prisma em que se mostre, é uma enfermidade mental, reclamando por vezes tratamento de longo curso. Quem sabe se o pobre Jovino não estará na condição de um pássaro hipnotizado, não obstante o corpanzil que lhe confere aparências de robustez no plano físico?

— Do que posso perceber – anotou a interlocutora —, vejo tão-somente um homem comprometido em trabalho digno, ameaçado por perversa mulher...

— Oh! Não! — atalhou o nosso instrutor condescendente —, não a classifique com semelhante adjetivação. Acima de tudo, é imperioso aceitá-la por infeliz irmã.

— Sim, sim... concordo — exclamou Teonília, reajustando-se. — De qualquer modo, rogo-lhe a caridosa intercessão. Anésia tem sido uma colaboradora providencial em nossa tarefa. Não me sentiria satisfeita, cruzando os braços...

— Faremos quanto se nos afigure viável no círculo de nossas possibilidades, contudo, é imprescindível analisar o passado para concluir sobre as raízes da ligação indébita a que nos reportamos. E, imprimindo grave tonalidade à voz, o Assistente enunciou:

— Estará descendo Jovino a impressões do pretérito? Não será uma provação que o nosso amigo terá traçado à própria consciência, com finalidade redentora, e à qual não sabe agora como resistir?

Teonília esboçou um gesto de humildade silenciosa, enquanto Áulus rematava, afagando-lhe os ombros:

— Guardemos otimismo e confiança. Amanhã, à noitinha, conte conosco no lar de Anésia. Sondaremos, de perto, quanto nos caiba fazer.

Nossa amiga, expressou reconhecimento e despediu-se sorrindo.

A sós conosco, durante o regresso ao nosso templo de trabalho e de estudo, Áulus salientou a nossa oportunidade de prosseguir observando. O assunto prendia-se naturalmente a problema de influenciação e teríamos ensejo de examinar fenômenos mediúnicos importantes, na esfera vulgar da experiência de muitos.

Com efeito, em momento preestabelecido, reunimo-nos no dia seguinte para a excursão programada.

Atingimos a estação de destino ao anoitecer.

Teonília aguardava-nos no pórtico de domicílio confortável, sem ser luxuoso.

Pequeno roseiral à entrada dizia sem palavras dos belos sentimentos dos moradores.

Guiados por nossa amiga, alcançamos o interior doméstico.

A família entregava-se à refeição.

Uma senhora jovem servia atenciosamente a um cavalheiro maduro e bem posto, ladeado por três meninas, das quais a mais moça revelava a graça primaveril dos catorze a quinze anos.

Claro que o entendimento da véspera dispensava novas informações. Áulus, no entanto, esclareceu, minucioso:

— Anésia e Jovino acham-se aqui com as filhinhas Marcina, Marta e Márcia.

A palestra familiar desdobrava-se afetuosa, mas o dono da casa parecia contrafeito. Doces apontamentos das meninas não lhe arrancavam o mais leve sorriso. Contudo, enquanto o genitor timbrava em mostrar-se aborrecido, a mãezinha se fazia mais terna e mais contente, incentivando a conversação das duas filhas mais velhas que comentavam episódios humorísticos dos bazar de quinquilharias em que trabalhavam juntas. Findo o jantar, a senhora dirigiu-se à mais moça e recomendou com carinho:

— Márcia, minha filha, volte à vovó e espere por mim. Nossa doente não deve estar a sós.

A pequena obedeceu de bom grado e, transcorridos alguns instantes, Marcina e Marta demandaram sala próxima, em palestra mais íntima.

 Dona Anésia reajustou a copa e a cozinha, operando em silêncio, enquanto o marido se esparramava numa poltrona, devorando os jornais vespertinos. Reparando, todavia, que o esposo se levantara para sair, endereçou-lhe olhar inquieto e indagou, delicadamente:

— Poderemos, acaso, esperar hoje por você? - Hoje? Hoje?... – redargüiu o interlocutor sem fixa-la.

E o diálogo prosseguiu, animadamente.

— Sim, um pouco mais tarde; faremos nossas preces em conjunto...

— Preces? Para que isso?

— Sinceramente, Jovino, creio no poder da oração e suponho que nunca precisamos tanto como agora de usá-la em favor de nossa tranqüilidade doméstica.

— Não disponho de tempo para lidar com os seus tabus. Tenho compromissos inadiáveis. Estudarei, junto de amigos, excelente negócio.

Nesse instante, contudo, surpreendente imagem de mulher surgiu-lhe à frente dos olhos, qual se fora projetada sobre ele a distância, aparecendo e desaparecendo com intermitências.

Jovino fez-se mais distraído, mais enfadado.

Fitava agora a esposa com indiferença irônica, demonstrando inexcedível dureza espiritual.

Intrigados com o fenômeno sob nossa vista, ouvimos Anésia que, enlaçada por Teonília, dizia quase suplicante:

— Jovino, você não concorda que temos estado mais ausentes um do outro, quando precisamos estar mais juntos?

— Ora, ora! Deixe de pieguices! Sua preocupação seria própria, há vinte anos, quando não éramos senão tolos colegiais!

— Não, não é bem isso... Inquietam-me nosso lar e nossas filhas...

— De minha parte, não vejo como torturar-me. Creio que a casa está bem provida e não estou dormindo sobre nossos interesses familiares. Meus negócios estão em movimento. Preciso de dinheiro e, por essa razão, não posso perder tempo com beatices e petitórios, endereçados a um Deus que, sem dúvida, deve estar muito satisfeito em morar no Céu, sem lembrar-se deste mundo...

Anésia dispunha-se a revidar, no entanto, a atitude do marido era tão flagrantemente escarnecedora que, decerto, julgou mais oportuno silenciar.

O chefe da família, depois de apurar o nó da gravata vivamente colorida, bateu a porta estrepitosamente sobre os próprios passos e retirou-se.

A companheira humilhada caiu em pranto silencioso sobre velha poltrona e começou a pensar, articulando frases sem palavras:

— “Negócios, negócios... Quanta mentira sobre mentira! Uma nova mulher, isso sim!... Mulher sem coração que não nos vê os problemas... Dívidas, trabalhos, canseiras! Nossa casa hipotecada, nossa velhinha a morrer!... Nossas filhas cedo arremessadas à luta pela própria subsistência!”

Enquanto as reflexões dela se faziam audíveis para nós, irradiando-se na sala estreita, vimos de novo a mesma figura de mulher que surgira à frente de Jovino, aparecendo e reaparecendo ao redor da esposa triste, como que a fustigar-lhe o coração com invisíveis estiletes de angústia, porque Anésia acusava agora indefinível mal-estar.

Não via com os olhos a estranha e indesejável visita, no entanto, assinalava-lhe a presença em forma de incoercível tribulação mental. De inesperado, passou da meditação pacífica a tempestuosos pensamentos.

— “Lembro-me dela, sim – refletia agora em franco desespero – conheço-a! É uma boneca de perversidade... Há muito tempo vem sendo um veículo de perturbação para a nossa casa. Jovino está modificado... Abandona-nos, pouco a pouco. Parece detestar até mesmo a oração... Ah! Que horrível criatura uma adversária qual essa, que se imiscui em nossa existência à maneira da víbora traiçoeira! Se eu pudesse haveria de esmaga-la com os meus pés, mas hoje guardo uma fé religiosa, que me forra o coração contra a violência...”

À medida, porém, que Anésia monologava intimamente em termos de revide, a imagem projetada de longe abeirava-se dela com maior intensidade, como que a corporificar-se no ambiente para infundir-lhe mais amplo mal-estar.

A mulher que empolgava o espírito de Jovino ali surgia agora visivelmente materializada aos nossos olhos.

E as duas, assumindo a posição de francas inimigas, passaram à contenda mental.

Lembranças amargas, palavras duras, recíprocas acusações.

A esposa atormentada passou a sentir desagradáveis sensações orgânicas.

O sangue afluía-lhe com abundância à cabeça, impondo-lhe aflitiva tensão cerebral.

Quanto mais se lhe dilatavam os pensamentos de revolta e amargura, mais se lhe avultava o desequilíbrio físico.

Teonília afagou-a, carinhosa, e informou ao nosso orientador:

— Há muitas semanas diariamente se repete o conflito. Temo pela saúde de nossa companheira.

Áulus deu-se pressa em aplicar-lhe recursos magnéticos de alívio e, desde então, as manifestações estranhas diminuíram até completa cessação.

Efetivado o reajustamento relativo de Anésia e percebendo-nos a curiosidade, o Assistente esclareceu:

— Jovino permanece atualmente sob imperiosa dominação telepática, a que se rendeu facilmente, e, considerando-se que marido e mulher respiram em regime de influência mútua, a atuação que o nosso amigo vem sofrendo envolve Anésia, atingindo-a de modo lastimável, porquanto a pobrezinha não tem sabido imunizar-se, com os benefícios do perdão incondicional.

Hilário, intrigado, perguntou:

— Examinamos, porém, um fenômeno comum?

— Intensamente generalizado. É a influenciação de almas encarnadas entre si que, às vezes alcança o clima de perigosa obsessão. Milhões de lares podem ser comparados a trincheiras de luta, em que pensamentos guerreiam pensamentos, assumindo as mais diversas formas de angústias e repulsão.

— E poderíamos enquadrar o assunto nos domínios da mediunidade

— Perfeitamente, cabendo-nos acrescentar ainda que o fenômeno pertence à sintonia. Muitos processos de alienação mental guardam nele as origens. Muitas vezes, dentro do mesmo lar, da mesma família ou da mesma instituição, adversários ferrenhos do passado se reencontram. Chamados pela Esfera Superior ao reajuste, raramente conseguem superar a aversão de que se vêem possuídos, uns à frente dos outros, e alimentam com paixão, no imo de si mesmos, os raios tóxicos da antipatia que, concentrados, se transformam em venenos magnéticos, suscetíveis de provocar a enfermidade e a morte. Para isso, não será necessário que a perseguição recíproca se expresse em contendas visíveis. Bastam as vibrações silenciosas de crueldade e despeito, ódio e ciúme, violência e desespero, as quais, alimentadas, de parte a parte, constituem corrosivos destruidores.

Finda ligeira pausa, o Assistente continuou:

— O pensamento exterioriza-se e projeta-se, formando imagens e sugestões que arremessa sobre os objetivos que se propõe atingir. Quando benigno e edificante, ajusta-se às Leis que nos regem, criando harmonia e felicidade, todavia, quando desequilibrado e deprimente, estabelece aflição e ruína. A química mental vive na base de todas as transformações, porque realmente evoluímos em profunda comunhão telepática com todos aqueles encarnados ou desencarnados que se afinam conosco.

— E como solucionar o problema da antipatia contra nós? — indagou meu companheiro com interesse. Áulus sorriu e respondeu:

— A melhor maneira de extinguir o foco é recusar-lhe combustível. A fraternidade operante será sempre o remédio eficaz, ante as perturbações dessa natureza. Por isso mesmo, o Cristo aconselhava-nos o amor aos adversários, o auxílio aos que nos perseguem e a oração pelos que nos caluniam, como atitude indispensável à garantia de nossa paz e de nossa vitória.

Caro leitor ou leitora; você mesmo já deve ter se envolvido em um combate mental semelhante ao descrito, pois, conforme as palavras de Áulus, o fenômeno é “Intensamente Generalizado”.

Neste texto tivemos a descrição de duas ocorrências diferentes: a primeira é a submissão de Jovino e a segunda o combate de Anésia e a amante do marido, e todos nós estamos sujeitos a sofrermos interferências indesejáveis em nossa máquina psíquica.

Para que você possa ficar livre deste tipo de problema, a primeira providência é estudar e compreender os fenômenos, em que todos nós podemos nos envolver; e isso só é possível com estudo disciplinado como o que é oferecido neste site. Venha estudar e livrar-se de uma infinidade de problemas que parecem insolúveis.

Encerrei o livro sobre Filosofia com dois versos do Bhagavad-Gita. Analise-os:

Dhyana-yoga — Capítulo 6

verso 5

Com a ajuda de sua mente, a pessoa deve libertar-se, e não degradar-se. A mente é amiga da alma condicionada, e sua inimiga também.

verso 6

Para aquele que conquistou a mente, a mente é o melhor dos amigos; mas para quem fracassou nesse empreendimento, sua mente continuará sendo seu maior inimigo.

Bhagavad-Gita como ele é; Swami Prabhupada; The Bhaktivedanta Book Trust; páginas 300 e 301.

Espero ter conseguido estimular você para que estude e liberte-se do mais terrível inimigo: “A Ignorância”, pois é este inimigo que abre as portas de sua mente para os outros inimigos.

Estude, não siga ninguém, não aceite nenhuma ideia que não tenha sido objeto de análise pelo seu discernimento, somente assim se pode vencer estes obstáculos.

Pedro Pereira da Silva Neto

O alcance do Espírito

O primeiro dos objetivos, a ser conquistado com o estudo desta obra, é justamente o desenvolvimento de uma convicção, de que o ser humano possui faculdades desconhecidas por ele mesmo.

As pesquisas efetuadas na Universidade de Duke, Estados Unidos, e publicadas nesta obra, mostraram de modo inconteste, que o ser humano é capaz de exercitar algumas faculdades, tais como a “Telepatia”, a “Clarividência”, a “Pré-cognição” e “Ações Psicocinéticas”, ou seja, o ser humano é capaz de produzir ações físicas sem o contato físico entre aquele que age e o objeto da ação.

Estas pesquisas mostram, também, que esta capacidade de ação não é semelhante entre os diversos indivíduos pesquisados, esta capacidade varia profundamente entre eles.

O segundo objetivo a ser conquistado, com este estudo, é nos libertarmos da presunção de que os “cientistas” ou “pesquisadores” sejam honestos e busquem o conhecimento, esteja ele onde estiver. Infelizmente esta presunção nos leva a confiar na palavra de um pesquisador e, infelizmente, como será demonstrado nesta obra, a postura “oficial” do “Mundo Acadêmico” é a de submissão a preconceitos, portanto, caso se raciocine corretamente sobre o assunto, nos livramos desta terrível presunção que é um dos obstáculos de nossa educação espiritual.

Em nossa caminhada em busca do desenvolvimento destas faculdades, temos de ter poderosa convicção do caminho escolhido, caso contrário somente se perderá o precioso tempo.

Caso você deseje enriquecer seu acervo de conhecimentos com a análise desta obra, basta clicar na imagem do livro e será encaminhado a uma página em que poderá fazer o download da obra.

Estude, não siga ninguém, não aceite nenhuma ideia que não tenha sido objeto de análise pelo seu discernimento, somente assim se pode vencer estes obstáculos.

Seja bem-vindo ao estudo.

Pedro Pereira da Silva Neto

A Cidade Antiga

Fustel de Coulanges, o autor, foi um contemporâneo de Kardec, ele publicou esta brilhantíssima obra, em Paris, em 1864.

Este é, creio, o mais detalhado e profundo estudo sobre a “Cultura Ariana”; nunca me deparei com outro estudo semelhante, para poder compará-los.

Somente raras pessoas se interessam pela compreensão de nossa cultura ancestral, eu mesmo, somente passei a me interessar pelo assunto, quando compreendi que carrego em meus arquivos psíquicos, poderosas influências que se manifestam em minha conduta atual, e que têm origem nos registros de um passado distante.

Emmanuel nos esclarece a respeito de nossa origem, ou da cultura ariana, na obra: A caminho da Luz, ditada a Chico Xavier, no período compreendido entre 17 de agosto a 21 de setembro de 1938. Veja o que ele disse:

UM MUNDO EM TRANSIÇÕES — Há muitos milênios, um dos orbes da Capela, que guarda muitas afinidades com o globo terrestre, atingira a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos.

As lutas finais de um longo aperfeiçoamento estavam delineadas, como ora acontece convosco, relativamente às transições esperadas no século XX, neste crepúsculo de civilização.

Alguns milhões de Espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral, dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e virtudes, mas uma ação de saneamento geral os alijaria daquela humanidade, que fizera jus à concórdia perpétua, para a edificação dos seus elevados trabalhos.

As grandes comunidades espirituais, diretoras do Cosmos, deliberam, então, localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes no crime, aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente; as grandes conquistas do coração e impulsionando, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos inferiores.

ESPÍRITOS EXILADOS NA TERRA — Foi assim que Jesus recebeu, à luz do seu reino de amor e de justiça, aquela turba de seres sofredores e infelizes.

Com a sua palavra sábia e compassiva, exortou essas almas desventuradas à edificação da consciência pelo cumprimento dos deveres de solidariedade e de amor, no esforço regenerador de si mesmas. Mostrou-lhes os campos imensos de luta que se desdobravam na Terra, envolvendo-as no halo bendito da sua misericórdia e da sua caridade sem limites. Abençoou-lhes as lágrimas santificadoras, fazendo-lhes sentir os sagrados triunfos do futuro e prometendo-lhes a sua colaboração cotidiana e a sua vinda, no porvir.

Aqueles seres angustiados e aflitos, que deixavam atrás de si todo um mundo de afetos, não obstante os seus corações empedernidos na prática do mal, seriam degredados na face obscura do planeta terrestre; andariam desprezados na noite dos milênios da saudade e da amargura; reencarnariam no seio das raças ignorantes e primitivas, a lembrarem, o paraíso perdido nos firmamentos distantes. Por muitos séculos não veriam a suave luz da Capela, mas trabalhariam na Terra, acariciados por Jesus e confortados na sua imensa misericórdia.

FIXAÇÃO DOS CARACTERES RACIAIS — Com o auxílio desses Espíritos degredados, naquelas eras remotíssimas, as falanges do Cristo operavam ainda as últimas experiências sobre os fluidos renovadores da vida, aperfeiçoando os caracteres biológicos das raças humanas. A Natureza ainda era, para os trabalhadores da espiritualidade, um campo vasto de experiências infinitas; tanto assim que, se as observações do mendelismo fossem transferidas àqueles milênios distantes, não se encontraria nenhuma equação definitiva nos seus estudos de biologia. A moderna genética não poderia fixar, como hoje, as expressões dos "genes", porquanto, no laboratório das forças invisíveis, as células ainda sofriam longos processos de acrisolamento, imprimindo-se-lhes elementos de astralidade, consolidando-se-lhes as expressões definitivas, com vistas às organizações do porvir.

Se a gênese do planeta se processara com a cooperação dos milênios, a gênese das raças humanas requeria a contribuição do tempo, até que se abandonasse a penosa e longa tarefa da sua fixação.

ORIGEM DAS RAÇAS BRANCAS — Aquelas almas aflitas e atormentadas reencarnaram, proporcionalmente, nas regiões mais importantes, onde se haviam localizado as tribos e famílias primitivas, descendentes dos "primatas", a que nos referimos ainda há pouco. Com a sua reencarnação no mundo terreno, estabeleciam-se fatores definitivos na história etnológica dos seres.

Um grande acontecimento se verificara no planeta.

É que, com essas entidades, nasceram no orbe os ascendentes das raças brancas.

Em sua maioria, estabeleceram-se na Ásia, de onde atravessaram o istmo de Suez para a África, na região do Egito, encaminhando-se igualmente para a longínqua Atlântida, de que várias regiões da América guardam assinalados vestígios.

Não obstante as lições recebidas da palavra sábia e mansa do Cristo, os homens brancos olvidaram os seus sagrados compromissos.

Grande percentagem daqueles Espíritos rebeldes, com muitas exceções; só puderam voltar ao país da luz e da verdade depois de muitos séculos de sofrimentos expiatórios; outros, porém, infelizes e retrógrados, permanecem ainda na Terra, nos dias que correm, contrariando a regra geral, em virtude do seu elevado passivo de débitos clamorosos.

QUATRO GRANDES POVOS — As raças adâmicas guardavam vaga lembrança da sua situação pregressa, tecendo o hino sagrado das reminiscências.

As tradições do paraíso perdido passaram de gerações a gerações, até que ficassem arquivadas nas páginas da Bíblia.

Aqueles seres decaídos e degradados, a maneira de suas vidas passadas no mundo distante da Capela, com o transcurso dos anos reuniram-se em quatro grandes grupos que se fixaram depois nos povos mais antigos, obedecendo às afinidades sentimentais e linguísticas que os associavam na constelação do Cocheiro. Unidos, novamente, na esteira do Tempo, formaram desse modo o grupo dos árias, a civilização do Egito, o povo de Israel e as castas da Índia.

Dos árias descende a maioria dos povos brancos da família indo-europeia nessa descendência, porém, é necessário incluir os latinos, os celtas e os gregos, além dos germanos e dos eslavos.

As quatro grandes massas de degredados formaram os pródromos de toda a organização das civilizações futuras, introduzindo os mais largos benefícios no seio da raça amarela e da raça negra, que já existiam.

É de grande interesse o estudo de sua movimentação no curso da História. Através dessa análise, é possível examinarem-se os defeitos e virtudes que trouxeram do seu paraíso longínquo, bem como os antagonismos e idiossincrasias peculiares a cada qual.

A Cultura Ariana; nossa cultura ancestral, como você pôde compreender; tem uma origem que não é nada saudável; ou nós fazemos parte do grupo daqueles espíritos que foram exilados do Planeta de origem, ou simplesmente apenas recebemos suas poderosas influências, muito nocivas, que eles trouxeram em seus arquivos psíquicos e implantaram aqui; esta cultura foi desenvolvida em torno do culto aos antepassados, tendo o “Pater”, como detentor de poderes indiscutíveis, entre os quais, o poder de usar os bens particulares de qualquer indivíduo de família, inclusive o poder sobre a vida e a morte de todos que se encontram submissos à sua autoridade.

O “Pater” era o sacerdote de sua “família” ou de sua “Gens”, a comunidade que descendia de um ancestral comum a todos.

A autoridade do “Pater” é, portanto, indiscutível; justamente por este motivo, hoje aceitamos autoridades relapsas e corruptas, a nos governarem; aceitamos autoridades que cometem todos os desatinos que podemos constatar diariamente, sem que haja uma reação para a restauração da ordem e a dignidade pública.

O culto aos antepassados, praticado com rituais em torno do “Fogo Sagrado” que representavam os antepassados, no lar, ou seja no fogão, o lugar em que se cozia os alimentos, que assim se tornavam sagrados, portanto, de importância fundamental para a família, este fogo sagrado é que, ainda hoje, impõe o hábito de acender velas diante de um morto ou quando se faz uma visita ao cemitério para se recordar de um morto; ou ainda, quando se deseja enviar um pedido a Deus ou a um Santo.

Estas são algumas das ideias que encontramos enraizadas em nosso psiquismo, e nossa mente, por agir livremente, colocam estas ideias ancestrais em uma evidência que atrapalham nosso discernimento.

Vou repetir aqui algumas palavras sobre Fustel de Coulanges: ele não deixou elementos para se crer que fosse espiritualista, no entanto, como consequência de suas observações ao falar sobre a dificuldade de se compreender essa cultura que deixou poucos elementos escritos, na introdução desta obra, ele escreveu:

Felizmente, o passado nunca morre totalmente para o homem. O homem pode esquecê-lo, mas continua sempre a guardá-lo em seu interior, pois o seu estado, tal como se apresenta em cada época, é o produto e o resumo de todas as suas épocas anteriores. E se cada homem auscultar a sua própria alma, nela poderá encontrar e distinguir as diferentes épocas, e o que cada uma dessas épocas lhe legou.

Cidade Antiga, Fustel De Coulanges, Edit. Hemus, página 9

As palavras de Fustel de Coulanges nos mostram uma convicção, que resulta da observação dos hábitos encontrados, e enraizados em toda a sociedade, e nos deixam claro que o passado está vivo em nossa mente, e esse passado é um dos graves obstáculos karmicos que carregamos, e somente nos libertaremos deste obstáculo com o uso do estudo e do discernimento.

Temos, ainda, mais alguns obstáculos poderosos, tão poderosos que imobilizaram o Evangelho logo no início de sua introdução no mudo ariano e hoje imobilizam a Doutrina Espírita.

Caso você deseje enriquecer seu acervo de conhecimentos com a análise desta obra, basta clicar na imagem do livro e será encaminhado a uma página em que poderá fazer o download da obra. Seja bem-vindo ao estudo.

Estude, não siga ninguém, não aceite nenhuma ideia que não tenha sido objeto de análise pelo seu discernimento, somente assim se pode vencer estes obstáculos.

Pedro Pereira da Silva Neto

Diálogo com As Sombras

Este magnífico trabalho, de Hermínio C. Miranda, teve como objetivo, auxiliar os grupos de trabalhos mediúnicos, dedicados ao auxílio dos que sofrem processos obsessivos.

O Hermínio, um pesquisador nato, livre de preconceitos, e senhor de um discernimento impecável, catalogou o fruto de suas experiências pessoais, obtidas em longos anos de trabalho, onde a razão ditava a regra; e compilando informações em seu acervo, referente ao trabalho mediúnico, nos brindou com importantes informações que ultrapassam em muito, o seu objetivo original; as informações constantes, nesta obra, atende o interesse geral, todas as pessoas, mesmo as, não espíritas, deveriam conhecer um pouco, a existência e as possibilidades de ações dos espíritos rebeldes, a que normalmente denominamos “obssessores”, mesmo porque, o Mestre Jesus nos alertou a respeito destes pobres infelizes. Veja:

Retorno ofensivo do espírito impuro — Quando o espírito impuro sai do homem, perambula por lugares áridos, procurando repouso, mas não o encontra. Então diz: ‘Voltarei para a minha casa, de onde saí’. Chegando lá, encontra-a desocupada, varrida e arrumada. Diante disso, vai e toma consigo outros sete espíritos piores do que ele, e vêm habitar aí. E, com isso, a condição final daquele homem torna-se pior que antes. Eis o que vai acontecer a esta geração má. Mateus 12, 43 a 45.

Como você pôde ver; o Mestre Jesus já alertava as pessoas, a respeito das ações destes espíritos, e o perigo que representam para aqueles que mantêm a casa mental, vazia e arrumada.

Evidentemente, a instrução exotérica do Mestre Jesus, a esse respeito, tinha de ficar apenas neste alerta, somente seus discípulos receberam maiores informações a respeito deste grave problema.

Agora, com a Doutrina Espírita, podemos ter acesso a maiores informações, como as fornecidas pelo nosso querido Hermínio.

O Hermínio nos informa nesta obra, que os espíritos rebeldes estão organizados em falanges, que buscam o atendimento de seus objetivos comuns.

As falanges estão organizadas com hierarquias de comando, e com agentes especializados nas diferentes fases de suas ações. Seus comandantes se comportam como os comandantes de exércitos, que se equipam com o que é necessário, em material humano e em material de combate e inteligência.

O Hermínio nos fornece informações sobre algumas especialidades destas organizações, ele as catalogou em capítulos, vou colocar, aqui, alguns destes capítulos para despertar seu interesse pelo estudo desta obra; veja:

CAPITULO 9 = OS MANIFESTANTES

CAPITULO 10 = O OBSESSOR

CAPITULO 11 = O PERSEGUIDO

CAPITULO 12 = DEFORMAÇÕES

CAPITULO 13 = O DIRIGENTE DAS TREVAS

CAPITULO 14 = O PLANEJADOR

CAPITULO 15 = OS JURISTAS

CAPITULO 16 = O EXECUTOR

CAPITULO 17 = O RELIGIOSO

CAPITULO 18 = O MATERIALISTA

CAPITULO 19 = O INTELECTUAL

CAPITULO 20 = O VINGADOR

CAPITULO 21 = MAGOS E FEITICEIROS

CAPITULO 22 = MAGNETIZADORES E HIPNOTIZADORES

CAPITULO 23 = MULHERES

TERCEIRA PARTE - O CAMPO DE TRABALHO

CAPITULO 24 = O PROBLEMA

CAPITULO 25 = O PODER

CAPITULO 26 = VAIDADE E ORGULHO

CAPITULO 27 = PROCESSOS DE FUGA

CAPITULO 28 = AS ORGANIZAÇÕES: ESTRUTURA, ÉTICA, MÉTODOS, HIE-RARQUIA E DISCIPLINA.

Caro amigo; ou amiga; estas organizações tiveram sucesso total no domínio de quase todos os dirigentes espíritas; elas representam um grave obstáculo para nossa educação espiritual; temos de vencê-las para conseguirmos nossa própria libertação da ignorância, que é um verdadeiro algoz, a nos submeter ao sofrimento constante.

Como explicou o Mestre Jesus: A verdade vos libertará.

E, infelizmente, não há outro caminho para essa libertação; temos de estudar.

Estude, não siga ninguém, não aceite nenhuma ideia que não tenha sido objeto de análise pelo seu discernimento, somente assim se pode vencer estes obstáculos.

Pedro Pereira da Silva Neto

livro

A Crítica de Vianna de Carvalho

Vianna de Carvalho; foi um grande propagador do Espiritismo. Veja algumas palavras publicadas pela F.E.B., a seu respeito:

Nascido na cidade de Icó, Estado do Ceará, aos 10 de dezembro de 1874, era filho do professor Tomás Antônio de Carvalho e de D. Josefa Viana de Carvalho. Desencarnou a bordo do navio "Íris", sendo o seu corpo sepultado na Bahia, aparentemente em Salvador. Era o dia 13 de outubro de 1926. Numa época quando a divulgação da Doutrina Espírita ensaiava os seus primeiros passos e encontrava pela frente a mais obstinada oposição, o Major Dr. Manuel Vianna de Carvalho, com pulso firme e animado do mais vivo idealismo, desbravava o terreno para nele lançar a semente generosa da propaganda.

Como espírita foi dos mais animosos. O seu nome representou verdadeira bandeira no campo da disseminação do Espiritismo. O que ele fez, em vários anos de luta e de atividades intensíssimas, é algo que ainda não se pode colocar em dados estatísticos, tal o gigantismo da tarefa por ele desenvolvida em todo o país. A sua palavra era atraente e arrebatadora, conseguindo, entre os espíritas uma penetração inusitada e inconfundível. Como conferencista era dos mais requisitados; como polemista, um dos mais salientes. Seu verbo inspirado, sua voz harmoniosa, sua animação, assumiam, às vezes, tonalidades e aspectos impressionantes. Foi na realidade um mágico da palavra, esteta do sentimento. Viana de Carvalho fez os primeiros estudos de Humanidades no Liceu de Fortaleza. Posteriormente, em 1891, matriculou- se na extinta Escola Militar do Ceará, onde mereceu classificação de destaque pelo seu comportamento e merecimentos intelectuais. Embora desde 1891 tivesse dado início à sua gigantesca tarefa de divulgação do Espiritismo, ela somente tomou vulto após ter- se matriculado no curso superior da antiga Escola Militar da Praia Vermelha, em 11 de fevereiro de 1895. Nessa época funcionava no Rio de Janeiro o "Centro da União Espírita de Propaganda no Brasil". Integrando- se nesse grupo, Viana de Carvalho passou a proferir conferências que conseguiam atrair compactos auditórios de mais de 500 pessoas. No ano de 1896 foi transferido para Porto Alegre, como aluno da Escola Militar que ali funcionava. Naquela capital sulina o Espiritismo já era difundido por alguns pioneiros, dentre eles Joaquim Xavier Carneiro, dirigente do Grupo Espírita Allan Kardec, que dada a sua austeridade de costumes e práticas humanitárias exercia enorme influência.

Estas são algumas palavras para apresentar este incansável trabalhador do Espiritismo. Caso você deseje mais detalhes sobre sua biografia, clik aqui e será encaminhado ao texto original fornecido pela F.E.B.

Seu trabalho não se encerrou com o desencarne, ele continuou a dedicar-se à implantação e desenvolvimento das ideias Espíritas no Movimento Espírita.

Ele ditou ao Divaldo; alguns livros: Médiuns e Mediunidades, Atualidades do Pensamento Espírita, À Luz do Espiritismo.

Além dos livros, ditou inúmeras mensagens para orientar os adeptos e trabalhadores do Movimento Espírita.

Esta edição da Revista, Reformador, trás uma nova mensagem para alertar os adeptos e trabalhadores do Movimento Espírita, sobre erros terríveis que são cometidos, de modo indiscriminado, em nosso Movimento.

Ele fez questão de frisar que não estava só, na crítica contundente, que fez aos dirigentes de nosso Movimento, ele assinou a mensagem e representou outros espíritos espíritas, ou seja: Outros Espíritos que se dedicam ao trabalho de promoverem o desenvolvimento das ideias, que se encontram estagnadas.

Leia esta matéria que recebeu por título: Campeonato da Insensatez.

Estude-a com atenção e identifique a existência das ocorrências criticadas na Casa que você frequenta.

A ignorância coloca a todos, como coniventes com os desequilíbrios criticados, portanto, estude, compreenda qual o caminho que o Movimento Espírita ainda descobrirá e seguirá, trazendo nova era para toda a sociedade, não só de nosso país, mas para todos os povos de descendência ariana. Agora veremos o texto de Juvanir Borges de Souza. Veja:

Não Julgueis

Agora eu o convido a analisar a matéria de Juvanir Borges de Souza; antes, porém, vamos conhecer algo a respeito deste autor, que influenciou muito o Movimento Espírita, ele foi presidente da FEB. Veja:

Juvanir Borges de Souza

Nasceu em Cataguazes, MG, 1916 e desencarnou Rio de Janeiro, 2010 Juvanir Borges de Souza, o qual presidiu a Federação Espírita Brasileira (1990-2001) e dirigiu o Grupo Ismael. Suas atividades na Federação Espírita Brasileira iniciaram –se com palestras e artigos em Reformador, as quais ele nunca abandonou, mesmo quando suas responsabilidades foram acrescidas de pesados encargos administrativos.Assim é que surgiram as obras que fazem parte do catálogo da FEB Editora: Tempo de transição, Tempo de renovação, Novos tempos e Amai-vos e instrui-vos. Compilou os títulos:  Bezerra de Menezes – ontem e hoje, e O que dizem os espíritos sobre o aborto?   Produziu também um importante texto, em forma de folheto, para comemorar o Centenário da FEB intitulado Escorço Histórico da Federação Espírita Brasileira. (Fonte: Reformador, 2010.)

Caso deseje conhecer a fonte destas informações clik aqui.

Agora vamos a análise deste texto:

Aqui encontramos um dos graves motivos da crítica de Vianna de Carvalho.

Aqui encontramos algumas demonstrações do que ocorre na FEB, e, infelizmente, nas demais Federações Espíritas. Os homens e mulheres que dominam a FEB, repetem nesta organização, mesmo que fez a Igreja Católica Romana, há muitos séculos, e que a infeliz FEB, repete; pois, seus dirigentes estão esquecidos da existência de uma rígida Justiça Divina, diante da qual, todos nós iremos comparecer, e que, os códigos desta Justiça se encontram incrustados na consciência de cada um de nós, portanto, nenhuma desculpa ou indulgência é possível.

A matéria como um todo, vem demonstrar a grave hipocrisia reinante na FEB, pois, se por um lado, publicaram a severa crítica de Vianna de Carvalho, por outro, procuraram, com este texto, inibir o discernimento dos leitores.

Os Espíritos rebeldes, que são denominados espíritos das trevas, dominam totalmente as instituições espíritas, e as levam a essa demonstração de hipocrisia.

O senhor Juvanir Borges de Souza demonstrou, com este texto, ser um analfabeto intelectual.

O analfabetismo intelectual está disseminado no Movimento Espírita.

Que é um analfabeto intelectual?

O analfabeto intelectual sabe ler, e pode dominar um vasto vocabulário, pode, inclusive, ser um ótimo orador, que faz fluir suas palavras, com harmonia e firmeza, no entanto, não consegue compreender as ideias contidas nas leituras a que se dedicam, eles naufragam nos obstáculos que todos nós, de origem ariana, encontramos em nossa caminhada, na busca de nosso desenvolvimento espiritual.

Leia a matéria que o senhor Juvanir Borges de Souza escreveu. Você chegará à conclusão que ele nunca, sequer, leu o Evangelho, apenas repete o que ouviu falar, as pessoas que também nunca o estudaram, pois o Mestre Jesus nos aconselhou, sim, a julgar os atos de nossos irmãos, e caso identifiquemos atos lesivos, devemos tomar as providências cabíveis. Veja:

Correção fraterna

Se o teu irmão pecar, vai corrigi-lo a sós. Se ele te ouvir, ganhaste um irmão. Se não te ouvir, porém, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão seja decidida pela palavra duas ou três testemunhas.

Caso não lhes der ouvido, Dize-o à IgrejaA. Se nem mesmo à Igreja der ouvido, trata-o como gentio ou publicano

Em verdade vos digo: tudo quanto ligardes na terra será ligado no céu e tudo quanto desligardes na terra será desligado no céu C.

A Bíblia de Jerusalém; Novo Testamento e Salmos, Mateus, 18, 15 a 18.

A: A Ekklesía, isto é, a assembleia dos irmãos.

Compreendemos, assim, que esta palavra nada tem a ver com a instituição que avocou a si o significado de Ekklesía, substituindo a ideia de comunidade para a ideia de instituição: Igreja.

B: publicano.

Na Roma antiga, cobrador de rendimentos públicos, o cobrador de impostos, portanto, odiado por todos.

C: Jesus está alertando sobre nossas ações e conexões psíquicas; o que sempre fazemos de modo inconsciente. Todas as nossas ligações mentais acontecem no “Mundo Espiritual”, portanto, na linguagem da época se dizia: No Céu.

Caro leitor ou leitora; este é um exemplo, dentre outros, em que o Mestre Jesus nos aconselhou a julgar o procedimento de nossos irmãos, e em caso de ações indevidas, temos a obrigação de buscar uma correção de conduta; sempre seguindo o roteiro traçado por Ele mesmo.

Infelizmente; as pessoas levianas usam as palavras do Evangelho, sem compreender o contexto em que estão encerradas, ou, simplesmente, agem conscientes, de má fé; para confundir o discernimento das pessoas, como acontece neste caso. Em outra ocasião vou tratar do “Não Julgueis”.

As "instruções" de Allan Kardec